terça-feira, 18 de setembro de 2012


 

Relacionamentos

Os solitários e independentes que me desculpem, mas se relacionar é fundamental. Falo por mim mesma, uma ex-independente convicta. Na minha adolescência, o anseio por um relacionamento era associado á carência, a pessoas (garotas) sonhadoras e ingênuas, cujos sonhos seriam dilacerados por homens (garotos) charmosos e com seus risos maliciosos no canto da boca, gerando então as mulheres-maravilha do futuro, aquelas que se tornariam implacáveis com os homens mostrando-lhes sua “vingança”. Esses homens, por outro lado, se tornariam adultos confusos sobre seu papel mas totalmente conformados com a nova versão da mulher: independente (que divide a conta da balada), bem produzida e disponível sexualmente, em abundância, já que mulher independente que se preze não se prende facilmente. Estava criada a geração dos solitários, nunca se vendeu tanto remédio para depressão, tanto álcool e apesar do cigarro ter se tornado “out”, houve uma explosão de drogas da moda, ectasys e um monte de blá blá blás anti-solidão.

Agora vivemos um tempo onde o casamento é tirado do baú das coisas-fora-de-moda e volta ás passarelas. Uma princesa inglesa e seu príncipe encantam talvez por que – através de tanto glamour – estejam quebrando um paradigma de que o casamento é chato, entediante, ruim, insosso, sem sexo, entre outras baboseiras. Resumindo: agora ninguém vai rir de você caso queira se casar e permanecer casado. Sim, tem isso também.  “Independentes” que se prezam teriam que jurar solenemente que “se não der certo, separa”, afinal, em tempos de tecnologia tudo, TUDO se tornou muito rápido e prático, então seria insensato que o casamento não acompanhasse a possibilidade de dissolução rápida, caso o cônjuge não correspondesse á expectativa do consumi... quero dizer, do outro cônjuge. (eu ia dizer consumidor? Tentando comparar a atitude superficial e imatura de consumidores compulsivos com a de muitos casados modernos?? Não, eu não poderia dizer isso, seria crueldade, ainda bem que não disse nada!).

Eu gostaria de ficar contente pelo acenar de “sonhos” que o casal provocou em muitos, e sinceramente acredito em sonhos, mas há um detalhe fundamental em tudo isso: a ideia que fazemos do que sejam sonhos, é mais ou menos como algo inatingível, bom demais para ser verdade, na concepção mais otimista – aquilo que se tem acesso somente a partir de um ponto incerto no futuro (vou viajar quando.., terei um filho se..., vou me apaixonar caso..., vou aprender a tocar violino desde que...) e assim o sonho fica associado a alguma coisa etérea, frágil, que se dissipa pela manhã, muito diferente da “realidade nua e crua da vida”.

Mas há excelentes novidades. Primeiro, o casal real também tem seus dias de sapos, se me perguntar como é que eu sei, respondo prontamente: é porque eles são seres humanos. Não importa o quão rico, pobre, pomposo ou brega você seja, não importa, todo ser humano tem lutas, especialmente os casados. Segundo, e essa é a novidade mais interessante – o sonho do casamento felizes para sempre é real e acessível a quem quiser, rico, pobre, pomposo ou brega, não importa. O casamento foi criado para ser assim, só é preciso recorrer Áquele que o criou e vivenciá-lo da forma como foi feito para ser. Deus, desde o princípio, criou o casamento para ser uma aliança entre homem e mulher, para que exista harmonia, fidelidade, alegria e comunhão. é um presente de Deus, não um capricho humano, por isso milhares de casais se perdem no caminho, por tentar vivenciar algo divino de um jeito humano, e para quem aceita mais um desafio, vamos desengessar esse osso: leia o próximo artigo sobre relacionamentos. (primeiro, preciso refrescar os 29° desta madrugada com um delicioso suco de abacaxi com hortelã).