Esta imagem fala muito sobre o tema de
hoje: como as frustrações no trabalho e as frequentes
“passadas-para-trás” nos afetam profissionalmente. Mas como superá-las para
começar de novo com brilho de craque no mercado? Primeiro vou falar no
meu estilo de quem precisa entender uma situação antes de resolvê-la, ou seja,
porque isso acontece? Estive realizando uma pesquisa e descobri que só em 2007
mais de dois milhões de ações trabalhistas foram tramitadas no Brasil
contra setenta e cinco mil nos Estados Unidos e míseros dois mil e
quinhentos no Japão. Em 2014 esses números foram três milhões e oitocentos, cem
mil e três mil, respectivamente. Isso prova o que para nós já era fato – o
mercado do trabalho principalmente no Brasil - é um mar agitado e exige navegação
precisa.
Em palavras mais simples e sem falar sobre as razões gerais
que levam a esse número - competitividade, tensão, procedimentos de
ética duvidosa, falta de conhecimento trabalhista etc - precisamos saber
lidar com isso ou seremos pessoas estressadas engrossando o volume da
estatística.
Claro que nada, nada mesmo justifica
animosidade no trabalho ou qualquer lugar, pois estamos ali para ganhar o pão
de cada dia, aliás, pãozinho caro esse. Então vamos aos porquês desse quadro
para depois aprender como superá-lo. Pense que os relacionamentos no trabalho
envolvem seres humanos comuns como você e eu, as diferenças são externas, mas
as motivações são bem parecidas: podemos ser ambiciosos, vaidosos, inseguros,
narcisistas, idealistas, querer salvar o mundo ou apenas querer aprovação,
entre muitas outras coisas que poderíamos citar. O fato é que o ser
humano é assim desde o presidente até o faxineiro, da top model ao feirante, nossa humanidade fala
muito alto. Por isso eu considero os piores conflitos e saias justas como
um tipo de “acidente” moral. Acidentes acontecem, porém é bem melhor evitá-los
do que remediá-los depois, concorda? Você leitor pode pensar que não é
tão simples assim, pois acidentes não podem ser previstos sempre, mas insisto
que podem ser prevenidos, ainda que em parte. Isso equivale dizer que podemos
ser traídos por alguém que nos inspirou confiança, mas jamais entender
isso realmente como uma surpresa.
Como assim? Sabe aquela promoção que você
merecia mas foi dada a uma pessoa mais nova de casa e menos qualificações que
você? E aquele amigão de vários anos que parou de ir á sua casa há meses,
de quem você só tem notícias por fotos nas redes sociais – se divertindo com
outros amigos; ou aquela pessoa especial que você conheceu na
adolescência e que dizia que você também era especial – mas hoje finge que não
te conhece e você não entende o motivo? Exemplos de punhalada pelas costas não
faltam. A novidade é que nunca são pelas costas, somos pegos de frente mesmo,
devagar e ás vezes até abaixamos para que o golpe fique mais fácil. Antes de
discordar sumariamente de mim, analise cada caso que veio á sua memória:
Aquele amigo de vários anos sempre foi divertido e companheiro, mas de
vez em quando sumia, coincidência ou não, quando você estava desempregado; o
amor especial era a melhor coisa na sua vida e também quebrava seu
coração de vez em quando preferindo as amizades e flertando com outro enquanto
dizia que era brincadeira.
Sobre a sua promoção, bem, se a empresa não deu
reconhecimento aos colaboradores mais antigos nem dá espaço ás minorias, seria
possível fazer o mesmo com você. Ficou mais claro agora? Não quer dizer que
devemos ficar neuróticos e desconfiados, mas entender que...
As pessoas dão sinais de suas intenções
Este começo é para ajuda-lo a enxergar uma
realidade que passa despercebida á maioria dos trabalhadores, porque não
observamos as atitudes alheias o bastante para entender melhor seus
comportamentos a ponto de prevenir ou minimizar danos. Mesmo que não se faça
todos os gols do jogo, ainda podemos bater na trave e fazer o adversário recuar
se soubermos usar as informações não verbais a nosso favor.
Somos humanos, temos qualidades
encantadoras e defeitos horríveis, só precisamos abrir nossos olhos e aceitar
os fatos para decidir até que ponto estamos dispostos a sofrer um dano por
alguém e quanta coragem teremos que investir para mudar o rumo da nossa
história. Isso quer dizer que nenhum de nós é totalmente certo nem totalmente
errado, no fundo cada um sabe para qual lado pende a própria balança e faz bem
quem busca entender a balança dos outros. Agora, pode acontecer que a sua
balança ande pendendo para o lado errado e sempre é tempo de equilibrar os
pratos. Como eu digo e alguém já deve ter dito bem antes de mim, a humildade
veste bem qualquer pessoa, portanto, se esforce. Uma boa reflexão
acompanhada de um café, chá ou apenas a quietude de um lugar onde se possa ver
o céu, vai ajudar nesse mergulho em si, pois para mudar é preciso estar
disposto e entender onde erramos primeiro. No próximo post vou falar sobre como
sair do zero e deixar de apenas ver o jogo do banco reserva. Já está na hora de
ser o titular desse time!