domingo, 21 de agosto de 2016

Desemprego e recolocação: É possível sobreviver à falta de reconhecimento e ás passadas-para-trás no trabalho?



    Esta imagem fala muito sobre o tema de hoje:  como as frustrações  no trabalho e as frequentes “passadas-para-trás” nos afetam profissionalmente. Mas como superá-las para começar de novo com brilho de craque no mercado?  Primeiro vou falar no meu estilo de quem precisa entender uma situação antes de resolvê-la, ou seja, porque isso acontece? Estive realizando uma pesquisa e descobri que só em 2007 mais de dois  milhões de ações trabalhistas foram tramitadas no Brasil  contra setenta e cinco mil nos Estados Unidos e míseros dois mil e quinhentos no Japão. Em 2014 esses números foram três milhões e oitocentos, cem mil e três mil, respectivamente. Isso prova o que para nós já era fato – o mercado do trabalho principalmente no Brasil - é um mar agitado e exige navegação precisa.

    Em palavras mais simples  e sem falar sobre as razões gerais  que levam a esse número -  competitividade, tensão, procedimentos de ética duvidosa,  falta de conhecimento trabalhista etc - precisamos saber lidar com isso ou seremos pessoas estressadas engrossando o volume da estatística.


    Claro que nada, nada mesmo justifica animosidade no trabalho ou qualquer lugar, pois estamos ali para ganhar o pão de cada dia, aliás, pãozinho caro esse. Então vamos aos porquês desse quadro para depois aprender como superá-lo. Pense que os relacionamentos no trabalho envolvem seres humanos comuns como você e eu, as diferenças são externas, mas as motivações são bem parecidas: podemos ser ambiciosos, vaidosos, inseguros, narcisistas, idealistas, querer salvar o mundo ou apenas querer aprovação, entre muitas outras coisas que poderíamos citar.  O fato é que o ser humano é assim desde o presidente até o faxineiro, da top model ao feirante, nossa humanidade fala muito alto. Por isso  eu considero os piores conflitos e saias justas como um tipo de “acidente” moral. Acidentes acontecem, porém é bem melhor evitá-los do que remediá-los depois, concorda?  Você leitor pode pensar que não é tão simples assim, pois acidentes não podem ser previstos sempre, mas insisto que podem ser prevenidos, ainda que em parte. Isso equivale dizer que podemos ser traídos por alguém que nos inspirou confiança, mas jamais entender  isso realmente como uma surpresa.

     Como assim? Sabe aquela promoção que você merecia mas foi dada a uma pessoa mais nova de casa e menos qualificações que você?  E aquele amigão de vários anos que parou de ir á sua casa há meses, de quem você só tem notícias por fotos nas redes sociais – se divertindo com outros amigos; ou aquela pessoa especial  que você conheceu na adolescência e que dizia que você também era especial – mas hoje finge que não te conhece e você não entende o motivo? Exemplos de punhalada pelas costas não faltam. A novidade é que nunca são pelas costas, somos pegos de frente mesmo, devagar e ás vezes até abaixamos para que o golpe fique mais fácil. Antes de discordar sumariamente de mim, analise cada caso que veio á sua memória:  Aquele amigo de vários anos sempre foi divertido e companheiro, mas de vez em quando sumia, coincidência ou não, quando você estava desempregado; o amor especial era a melhor coisa na sua vida e também  quebrava seu coração de vez em quando preferindo as amizades e flertando com outro enquanto dizia que era brincadeira. 

     Sobre a sua promoção, bem, se a empresa não deu reconhecimento aos colaboradores mais antigos nem dá espaço ás minorias, seria possível fazer o mesmo com você. Ficou mais claro agora? Não quer dizer que devemos ficar neuróticos e desconfiados, mas  entender que...

     As pessoas dão sinais de suas intenções

   Este começo é para ajuda-lo a enxergar uma realidade que passa despercebida á maioria dos trabalhadores, porque não observamos as atitudes alheias o bastante para entender melhor seus comportamentos a ponto de prevenir ou minimizar danos. Mesmo que não se faça todos os gols do jogo, ainda podemos bater na trave e fazer o adversário recuar se soubermos usar as informações não verbais a nosso favor.



    Somos humanos, temos qualidades encantadoras e defeitos horríveis, só precisamos abrir nossos olhos e aceitar os fatos para decidir até que ponto estamos dispostos a sofrer um dano por alguém e quanta coragem teremos que investir para mudar o rumo da nossa história. Isso quer dizer que nenhum de nós é totalmente certo nem totalmente errado, no fundo cada um sabe para qual lado pende a própria balança e faz bem quem busca entender a balança dos outros. Agora, pode acontecer que a sua balança ande pendendo para o lado errado e sempre é tempo de equilibrar os pratos. Como eu digo e alguém já deve ter dito bem antes de mim, a humildade veste bem qualquer pessoa,  portanto, se esforce. Uma boa reflexão acompanhada de um café, chá ou apenas a quietude de um lugar onde se possa ver o céu, vai ajudar nesse mergulho em si, pois para mudar é preciso estar disposto e entender onde erramos primeiro. No próximo post vou falar sobre como sair do zero e deixar de apenas ver o jogo do banco reserva. Já está na hora de ser o titular desse time! 


Como você se vê ?

   

    Como você definiria o homem na foto? Antes de responder, tente dizer o que ele faz para viver, se é casado, se é feliz ou não, de onde ele é. Muitos pensarão que é um senhor em seus sessenta anos, provavelmente casado, talvez aposentado. Outros podem arriscar que ele seja contador ou dono de uma loja de carros usados, com essa pose, talvez até microempresário na Rua Augusta. Vou dar uma dica: uma das coisas que ele já disse foi “É necessário primeiro o conhecimento, a técnica. Depois é que vem a diversão.” Well, a menos que você já saiba de quem se trata, dificilmente irá imaginar quem é este senhor, porque a maneira como vemos as pessoas raramente tem a ver com quem elas são de fato e o mesmo vale para nós.

    Esta foto mostra um dos dançarinos clássicos mais famosos do mundo, Mikhail Baryshnikov que até hoje, depois dos sessenta, continua dançando. Particularmente gosto de histórias como a dele, porque foge do comum para nossa forma de pensar, mas mostra muito bem como cada pessoa é única, por isso ele é o exemplo de hoje. Como você se vê? A resposta a esta pergunta é valiosíssima, também pode ser perguntada de outras maneiras, geralmente usadas em entrevistas de emprego como “como você se define?” ou outras do tipo. As pessoas sempre vão tentar interpretá-lo a partir das lentes que elas têm. E a menos que seja alguém muito próximo, o risco de errar é bem grande, por isso é complicado deixar a tarefa de saber quem você é para outra pessoa, embora possam ajudá-lo bastante, não podem definir você completamente. 

    Atualmente eu e meu grupo de dança estamos nos preparando para a mostra interna deste ano. Entre muitas coisas que aprendemos juntos, uma delas é que cada dançarino tem o seu jeito único de dançar a mesma coreografia. Mesmo com toda sincronia, cada pessoa tem a sua “marca” pessoal, por mais que você aprenda com outros, vai fazer o que aprendeu com a sua própria cara.

    Que isso tem a ver com marketing pessoal?Existe uma frase bem antiga que diz “para ser amado, você tem que se amar primeiro”. É até óbvio demais não acha? No entanto a gente acaba se esquecendo, especialmente em situações de recomeço quando as circunstâncias deixam você em dúvida sobre suas potencialidades e até sobre seu valor. Existe também uma diferença entre ser quem você é, e a maneira como se mostra para as pessoas, hoje eu entendo que a imagem que projetamos através de gestos, linguagens e até do visual, precisa ser condizente com aquilo que queremos comunicar sobre nós mesmos, não se trata apenas de ser você mesmo, mas de comunicar o que realmente quer e no momento adequado. Se quiser ser aprovado numa entrevista ou conseguir um bom financiamento para sua empresa, qual a postura, a linguagem e o visual adequado? Na dúvida, se ponha no lugar do outro: que tipo de linguagem, postura e visual você aprovaria e qual não? Leve em conta que cada pessoa tem um jeito particular de pensar, ou seja, se você gosta de piercing e acha normal usá-los, considere que nem todo mundo pensa igual a você, então prepare-se. Ou deixe de usar ou pense em como reagirá quando for questionado sobre isso. A primeira impressão nem sempre é a que fica, mas pode ser a única oportunidade que você terá para ser aprovado, então invista em si mesmo e use sua linguagem (oral e visual) de forma estratégica. 

    Moro no mundo, mas não sou igual a todo mundo.Uma das atitudes que acho interessantes no Mikhail Baryshnikov é o fato dele investir muito no que faz. Para se tornar tão bom ele gastou muitas horas treinando, transpirando e se frustrando quando algo não saía bom. Aí treinava de novo e de novo e, cá entre nós, não é algo fácil e simples. Se você chegou até aqui já entendeu que acreditar importante, mas não é suficiente: sonhos na gaveta não produzem resultados. Seja ousado a ponto de investir nos seus sonhos de forma inteligente, invista em se conhecer, corrija as falhas e reforce os talentos. Mais uma coisinha e agora falando como dançarina: se errar faça de novo e de novo até acertar, se errar tudo bem, mas tente cometer erros diferentes!Boa semana, sucesso em seu marketing pessoal e até o próximo post!


“Não tento dançar melhor do que ninguém. Tento apenas dançar melhor do que eu mesmo.” Mikhail Baryshnikov  Imagens: internet 

domingo, 14 de agosto de 2016

Desinteligência artificial


Ah, as tecnologias de atendimento ao cliente, o que seria de nós sem elas? Um mundo melhor? Com menos perturbação nas horas impróprias? SAC's, telemarketings, mensagens de texto e de voz entre outras maneiras eletrônicas e insistentes de "atender". Nada disso é dispensável hoje em dia. Não que seja uma escolha da maioria, mas são respostas à nossa necessidade de fazer as coisas de modo mais ágil, prático e com maior resolução. Cá entre nós, são meios que  podem incomodar, mas foram feitas para ajudar.

No entanto, há um "espinho" nessa questão, e é baseado em dados, fatos e números. A grande maioria das empresas não sabe usar essas tecnologia para o bem do cliente.
Vejamos o caso dos Bancos como exemplo. O Itaú é líder de reclamações de atendimento, e por outro lado um campeão no uso de tecnologias voltadas aos consumidores; as companhias de telefone, como a Vivo, idem. Uma rápida pesquisa na internet aponta isso, e para quem quiser tirar a prova, fale com pessoas próximas, há bem mais críticas e rejeição do que elogios, e frequentemente pelos mesmos motivos. Como é que pode uma coisa dessas, gente?

O problema é o mesmo: há uma prática de desconstrução da credibilidade por inversão de valores por grande parte das companhias. O cliente é visto como um número, alguém de quem se deve tirar o lucro; e muitos clientes ainda se baseiam propagandas de marketing para depositar sua confiança, é uma cultura. Mas nenhuma das duas opções está correta. A insatisfação é inevitável diante dessa prática, e as redes sociais trazem os fatos para a luz da informação rápida, e o que era problema de um, se mostra como constatação de falha. Não há como negar que temos um serviço idealizado para resolver problemas, que, porém, se tornou mestre em causá-los.
Quer ver?

O PROCON  e a polícia civil registram centenas de casos diários de reclamação e denúncias vindas de empresas desse setor, ainda como exemplo, pois a realidade mostra uma situação pior. São ligações de cobrança feitas por empresas terceirizadas que não se importam em contatar o cliente em seu trabalho, mesmo que a lei seja clara em apontar essa prática como crime, falhas de segurança no uso de dados que as financeiras deveriam garantir que não ocorressem, atendimento impessoal, despreparo de colaboradores, sistemas desatualizados e sem sincronia (quem já não pecisou informar os mesmos dados para a mesma empresa em períodos curtos de tempo?) e a lista não acaba.


Infelizmente essa crescente mudança de prioridades está se espalhando, a empresa passou a ser o centro. A inteligência artificial assim representada por toda tecnologia como meio de e acesso à informação, é um facilitador de atendimento, feita para abrir portas, gerar comunicação, fazer fluir a informação e movimentar a economia. Se nada disso está acontecendo mesmo com uso tão intenso de toda essa ferramentaria, é porque essa inversão está totalmente errada. Assim me lembro de uma linda passagem na Bíblia que diz " o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado". É como vejo o uso das tecnologia e inteligência artificial, algo para servir a si e corroborar uma economia cada vez mais impessoal. 

















Samaritano, a tecnologia que manda nos vilões do seriado Person of Interest... bad tec!
Imagens: internet

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Mostre a sua cara!



Refletindo sobre negócios e economia saudável, é inevitável pôr a lupa da análise sobre uma ocorrência pouquíssimo observada por ser silenciosa (e perigosa): a opressão que vem, igualmente, do colaborador. É comum é encontrar o oposto, situações de buliyng no escritório quase sempre partem de hierarquias superiores ou entre colegas de trabalho. Mas a trairagem não escolhe  valor de salário, ações em beneficio próprio à custa de esconder informações e outras fraudes, marcam mais do que aparentam. 

A princípio tal preocupação deveria ser só do  empregador, porém na realidade esse comportamento devastador pode custar o seu emprego, o negócio todo e clientes conquistados com dificuldade - mas que não voltam mais. Em tempos de crise, ter ou fazer parte de um negócio é responsabilidade dobrada;  detectar comportamentos nocivos e trazê-los à tona é mais do que um dever - seja do dono seja do empregado - porque permitir canalhices está na lista dos motivos de falência. Sem precisar pensar muito, este efeito é indesejado e destruidor.


O problema é que pequenas empresas tendem a por um véu sobre o comportamento de seus colaboradores, focando mais no resultado imediato que é o financeiro, sem avaliar as consequências desses deslizes para o futuro., É o costumeiro ciclo de "deixar como está" para ver como é que fica, e tem muito a ver com o relacionamento de amizade com sócios e um prestígio pelo resultado financeiro visível. Infelizmente nem sempre o que parece é de fato. As empresas são mais do que fontes de renda familiar, elas têm função social com alcance e repercussão em todo o território onde estão sediadas.  Observar, refletir e agir no comportamento da equipe, avaliando melhor os que estão entrando, inclusive fazer uma análise pessoal, mostra que queremos caminhar para o que é bom. 

O fato de sermos falhos em nossa humanidade não nos isenta da responsabilidade do que fazemos ou permitimos até com nosso silêncio, e não quer dizer que teremos que permanecer reféns de atitudes duvidosas, sejam nossas, seja de nossos cooperadores no negócio. Fazer o que é certo, faz dar certo.













Personagem capitão Nascimento: o que é certo, é certo.


Imagens: internet